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Todos os anos, junto com as festas de final de ano, vêm a já famosa saidinha de Natal do encarcerados da Justiça. Nela milhares de detentos ganham o direito de passar cerca de duas semanas livres, em tese, para celebração com os familiares e ajudar no processo de ressocialização.
Em resposta, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou que os dados precisos sobre o número de beneficiados só serão divulgados após o retorno "de todos os reeducandos" à cadeia, mas informações extra-oficiais dão conta de que quase 40 mil detentos terão direito ao benefício apenas no estado.
Em 2017, os presos começaram a sair no dia 20 de dezembro. Foram 33.324 beneficiados com taxa de retorno de 96% ao final do período, deixando 1.333 fugitivos da Justiça. Esta taxa de fuga e a sensação de insegurança causada pela própria soltura destas dezenas de milhares de condenados tornam o benefício bastante polêmico, e é comum que as redes sociais sejam inundadas por reclamações contrárias.
Vários candidatos chegaram a usar o fim da saidinha como bandeira de campanha. O governador eleito de São Paulo, João Doria, foi um deles. "Eu sou contra a saidinha. Aquele que cumpre a pena deve cumprir em prisão", disse Doria, que prometeu lutar pelo fim do benefício.
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